Fechamento de agência do Mercantil, em Belo Horizonte, provoca lotação e longas filas em agência do Itaú; caso específico serve de exemplo do que acontece em todo o país quando há o fechamento de agências bancárias
Os problemas causados aos clientes e funcionários pelo fechamento de agências bancárias foi tema de matéria publicada, na terça-feira (1º de outubro), pelo jornal Estado de Minas. No texto, o jornal retrata os transtornos causados aos aposentados que recebiam o benefício do INSS em uma agência do Banco Mercantil, em Belo Horizonte, que passaram a ser atendidos pelo Itaú.
“Não é de hoje que denunciamos o descaso do Banco Mercantil com funcionários e clientes, situação que tem se aprofundado nos últimos anos”, disse o coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil, Vanderci Antônio.
Com o fechamento da agência 299 do Mercantil, os beneficiários do INSS passaram a ser atendidos pela agência Tupinambás do Itaú (0084), no Centro de Belo Horizonte, que passou a ter lotação em excesso e longas filas na porta de entrada.
Vanderci observa que o mesmo problema relatado pelo Estado de Minas, ocorre em outras localidades do país. Uma reportagem publicada, no dia 7 de setembro, pelo Jornal da Região, de Jundiaí (SP), já havia denunciado o mesmo problema decorrente do fechamento da agência do Mercantil da rua Rangel Pestana, no Centro, ocasionando a lotação da agência do Itaú localizada na avenida 9 de Julho.
“O fechamento de agências prejudica a população e funcionários até de outros bancos, que se veem sobrecarregados ao ter que atender, de repente, os clientes que eram atendidos nas unidades fechadas. É um verdadeiro desrespeito o que tem sido feito pelo Mercantil, que tem como público-alvo as pessoas acima de 50 anos”, explicou o coordenador da COE/BMB.
Problema generalizado
“Mas, infelizmente, este é um problema que não vemos apenas no Mercantil. Os bancos alegam adequação a uma nova realidade de ampliação da digitalização dos serviços bancários, mas, na prática, é redução dos custos para aumentar a rentabilidade e o lucro, em prejuízo de bancários, clientes e usuários”, denunciou o diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região (Seeb/BH) e funcionário do Mercantil, Marco Aurélio Alves. “As tarifas seguem sendo cobradas, mas as pessoas não têm mais onde ser atendidas. A lotação da unidade do Itaú, nesta semana, mostra claramente que as agências fechadas fazem muita falta”, completou.
Segundo a reportagem do Estado de Minas, não houve qualquer justificativa aos clientes sobre a mudança no atendimento. Ainda de acordo com o jornal, “o Banco Mercantil esclareceu que a troca de instituições financeiras ocorreu devido ao fechamento da agência 299”, e que “o encerramento das atividades faz parte de um ajuste interno”.
Em Taubaté (SP), o sindicato já fez em contato com o RH e a Superintendência Regional do Itaú, para cobrar solução do banco após as mudanças de migração dos benefícios previdenciários vindo do banco Mercantil e Bradesco, que está sobrecarregando os funcionários das agências que assumiram esses procedimentos.
Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb/BH, do Seeb/Taubaté e do jornal Estado de Minas
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