30/06/2016 - 14:15

Sindicato de São Paulo fecha agência da Caixa sem condições de trabalho

O Sindicato dos Bancários de São Paulo fechou a agência Alto do Jaraguá da Caixa por falta de condições de trabalho. A unidade, localizada na zona norte de São Paulo, normalmente opera com sete bancários, mas estava funcionando com apenas quatro. O protesto ocorreu na segunda-feira 27. Dois dias depois, na quarta 29, havia seis empregados.

“Os bancários relataram uma rotina massacrante com até duas horas de filas, que muitas vezes os impedia até de sair para o almoço”, relata Danilo Perez, dirigente sindical e empregado da Caixa. “O superintendente tinha prometido até o final do mês mais empregados, mas a reivindicação ainda não foi atendida. Essa falta de compromisso levou o Sindicato a paralisar a agência”, acrescenta.

Este caso ilustra a falta crônica de empregados na Caixa, situação que vem motivando inúmeros protestos do movimento sindical há anos. Em 2015, o banco promoveu três Planos de Apoio à Aposentadoria (PAA) que desligaram 3,2 mil trabalhadores. E não houve novas contratações para substitui-los. A expectativa é desligar mais 1,5 mil, por meio dos PAAs, em 2016.

A direção da Caixa já colocou para os empregados que não fará contratações em 2016. Assim, o quadro de pessoal, que chegou a ter 101 mil trabalhadores, pode terminar o ano com em torno de 95 mil.

Para se ter uma ideia do aumento da sobrecarga de trabalho, em março de 2015 a Caixa tinha 799 clientes por empregado. Essa relação subiu para 860 após 12 meses. Variação de 7,7%.

Em março de 2015, o saldo da carteira de crédito era R$ 6,249 bilhões por empregado. Um ano depois, esse montante subiu para R$ 7,053 bilhões, variação de 12,9%.

“Os números confirmam que o banco opera com quantidade insuficiente de empregados, causando sobrecarga de trabalho e atendimento inadequado” afirma Danilo Perez. “A agência paralisada no Alto do Jaraguá é um caso que comprova essa realidade, que só vem piorando. Os protestos e paralisações vão continuar enquanto a Caixa não rever sua postura e repor o número de empregados desligados”, acrescenta o dirigente.

Fonte: Seeb SP

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