Para o sociólogo e ativista da inclusão digital Sérgio Amadeu, isso seria a quebra do princípio da neutralidade da rede – acesso igualitário de informações a todos, sem interferências no tráfego online –, previsto no Marco Civil da Internet.

“As operadoras sabem que o Brasil está se conectando e vamos consumir mais banda. Então elas perceberam o seguinte: mantenho a estrutura que tenho e cobro mais dos caras”, disse Amadeu, durante MB com a Presidenta exibido no dia 19. Assista no www.spbancarios.com.br/Videos. aspx?id=1233.

A intenção de empresas como Vivo, NET/Claro e Oi – que juntas respondem por 86% do acesso à internet fixa no país – foi anunciada em abril deste ano e imediatamente provocou a resistência de internautas e defensores da inclusão digital. Na Avaaz, uma petição contrária já contava, na tarde da quarta 27, com 1,65 milhão de assinaturas (assine no http://migre.me/tCTDB). E enfrentou também a oposição das entidades de defesa do consumidor como Procon, Proteste e Idec.

A reação surtiu efeito: a Anatel, que havia estabelecido prazo de 90 dias para a mudança, voltou atrás e determinou sua suspensão por prazo indeterminado. Mas a ameaça ainda paira no ar e os ativistas pela democracia na rede pedem mobilização.

Fonte: Bancários SP