A metodologia do curso foi baseada nos estudos de Paulo Freire e Lev Vygotsky, focando na construção do conteúdo de forma interativa, através de debates direcionados, textos, vídeos, informações e depoimentos orais. Os 30 dirigentes inscritos participaram ativamente desse processo.

A primeira atividade do curso consistiu na apresentação dos participantes e na exploração das experiências que despertaram a consciência de classe de cada um deles. Os temas incluíram violência sofrida, convite para conhecer o movimento sindical, envolvimento com o movimento estudantil, influência familiar, participação em assembleias, entre outros.

Em seguida, os participantes se envolveram em uma atividade interativa sobre como surgiram os sindicatos, explorando uma linha do tempo. Também foram chamados a responder, com uma palavra, a pergunta “O que é o sindicato?”. Houve ainda uma recomendação de leitura do livro “Sociedade do Cansaço” por um dos alunos

Os participantes também se envolveram em atividades formativas em grupos, com leituras e discussões sobre as lutas que antecederam os sindicatos no Brasil, a origem da organização sindical no país, o papel dos sindicatos na era Vargas e o contexto do sindicalismo frente ao golpe de 1964.



Um vídeo da TVT sobre o comício na Central do Brasil e o golpe militar de 1964 foi utilizado como recurso para enriquecer a discussão. No período da tarde, os participantes desfrutaram de uma confraternização que integrou música, conversas sobre o conteúdo do curso e compartilhamento de experiências. Esse momento de interação foi considerado essencial para o aprendizado, seguindo os preceitos de Vygotsky.

No segundo dia do curso, a programação começou com uma atividade formativa que envolveu depoimentos de fontes orais e debates sobre os trabalhadores e trabalhadoras na ditadura militar, as oposições bancárias, o surgimento do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).



Após o almoço, a ênfase do curso se voltou para “Ferramentas de Luta, Organização e Comunicação”. Os participantes realizaram de uma atividade que explorou as ferramentas utilizadas ao longo da história pelo movimento sindical. Eles destacaram uma variedade delas, incluindo teatro, jornal, assembleia, greve, redes sociais e muito mais.

Finalmente, o curso abordou o papel do dirigente sindical, com atividades em grupos e debates sobre as responsabilidades e ações que um dirigente sindical deve ou não deve tomar.



“Esse curso de formação sindical proporcionou aos participantes uma compreensão mais profunda da história do movimento sindical e das ferramentas disponíveis para a luta sindical, promovendo o fortalecimento do movimento e a capacitação dos dirigentes sindicais”, afirmou Rafael Zanon, secretário de Formação da Contraf-CUT.



“A conjuntura atual, considerando as necessidades da luta de classes, mostra que cursos dessa ordem, que resgata a história de Luta dos trabalhadores e trabalhadoras, eleva consideravelmente o nível de consciência dos dirigentes que possuem papel fundamental no debate na categoria no ramo financeiro, bem como na sociedade em geral”, disse Luiz Otávio Soares, secretário de Formação da Federa-RJ.



Para José Luís Vasquinho Paredes, assessor da secretaria de Formação da Contraf-CUT, a participação dos cursistas e a vontade que eles empregaram nas horas das aulas fez com que o curso fosse muito bom. “Tanto para os alunos, como para nós que ministramos, foram momentos de muita aprendizagem e desenvolvimento pessoal”.



A continuação do programa de formação terá os módulos digitais de análise de conjuntura, oratória e comunicação e ferramentas digitais, além de mais um módulo presencial em datas ainda a serem definidas.