12/06/2015 - 17:00

HSBC diz à Contraf-CUT que não haverá demissão em massa

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SEEB SP

AContraf-CUT federações e sindicatos reuniram-se nesta quarta-feira (10) com a direção do HSBC, na sede do banco em São Paulo, para pedir esclarecimentos sobre notícias veiculadas na última terça-feira (9) de venda dos ativos financeiros do banco e fim da operação no Brasil e na Turquia, que aconteceria até 31 de dezembro de 2016. Segundo o que foi publicado imprensa, isso acarretaria a demissão de 25 mil trabalhadores nos dois países. 

Os representantes do HSBC na reunião, Marino Rodilla, diretor de relações trabalhistas e Juliano Marcílio, diretor de RH, informaram que os anúncios feitos pelo presidente mundial do banco, Stuart Gulliver, foram mal compreendidos e distor-cidos, que não haverá demissão em massa de bancários no Brasil. 
 
Segundo eles, a decisão de deixar de operar no Brasil e na Turquia faz parte da estratégia global da empresa. Afirmaram que há um processo normal de venda e que pretendem manter os empregados e entregar o banco operando normalmente, até que os novos controladores assumam. Os bancários permanecerão e passarão a ter um novo comando.
 
"O HSBC precisa dos funcionários para entregar o banco em boas condições. Não vejo preocupação em reduzir quadros no Brasil, pois temos preocupação em apresentar o grau de maturidade e eficiência da equipe." destacou Juliano Marcílio. 
 
O HSBC se comprometeu a fazer reuniões a cada quinze dias com a Contraf-CUT para informar como anda o processo de venda do banco.
 
"Dissemos aos representantes do banco que o processo de venda não deve trazer intranquilidade nem colocar em risco o emprego dos trabalhadores. O compromisso de fazer reuniões a cada quinze dias é um bom começo, mas ainda falta muito para proteger os empregos dos bancários do HSBC" afirmou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
 
Para Juvândia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo,  é preciso acompanhar o dia a dia no banco para ver se de fato não haverá demissões: "Vamos acom-panhar o processo e assim que o novo controlador assumir vamos procurar a direção para conversar", afirmou a presidente do sindicato dos Bancários de São Paulo e vice-presidente da Contraf-CUT. 
 
Venda do banco - Segundo informa-ções da imprensa, na disputa pela carteira de negócios do banco britâ-nico, o Bradesco saiu na frente com uma oferta de US$ 3,4 bilhões pelo banco britânico, na frente do Santa-nder e do Itaú.
 
Para o Bradesco, além de ter uma oportunidade de se aproximar mais do Itaú em termos de ativos, a compra teria especial importância em termos das sinergias que pode trazer ao banco. O Bradesco teria especial interesse na carteira de clientes de alta renda e na financeira Losango.
 
‘‘Todos os funcionários do HSBC e também a diretoria do Sindicato estão bastante preocupados, pois conhe-cemos bem estas fusões e incorpora-ções, as quais acabam em demissões para a categoria bancária’’, ressalta Ivan Gomes, presidente do Sincato.
 
Fonte: Contraf-CUT

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