29/08/2013 - 17:15

Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

Em reunião de planejamento para 2013 da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) , da Contraf-CUT, definiu-se, como uma das formas de organização do movimento sindical,  pautar a temática de Igualdade de oportunidades em datas comemorativas e de luta relacionadas aos temas da equidade.

Por isso, neste dia 29 de agosto, quando comemora-se o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região elaborou um folder, com o intuito de promover o conhecimento acerca da temática.

Trata-se de um esforço da entidade, visando conscientizar a categoria sobre a importância de combater o preconceito e a violência, consequentes de estigmas deixados por uma sociedade que ainda discrimina pessoas pela orientação sexual.

Assim, para reforçar o debate e a reflexão,  disponibilizamos esse material e convidamos aos bancários e bancárias a participarem da luta pelo reconhecimento dos direitos e da dignidade da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

 

Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é comemorado em 29 de agosto, data que foi definida pelos movimentos sociais devido, em 1996, ter ocorrido o 1º Seminário Nacional de Lésbicas do Brasil (SENALE).

A palavra lésbica deriva do latim, e designava as pessoas que viviam na  ilha de Lesbos, na Grécia. Nessa ilha, vivia a poetisa grega, Safo, admirada e respeitada por seus poemas sobre amor e beleza que, geralmente, eram dedicados a outras mulheres. Assim, resignificou-se a palavra para designar mulheres que se relacionam com mulheres.

A data, dedicada apenas às Lésbicas, tem como objetivo debater o fato de que, como mulheres, essas são duplamente discriminadas: por serem do sexo feminino e por sua orientação sexual. Esse cenário se deve à rejeição da diversidade sexual pela sociedade que, ainda, é sexista e machista.

A homofobia, e no caso específico das mulheres, a lesbofobia, designam qualquer prática preconceituosa que ocasionam danos materiais, físicos ou morais aos homoafetivos, e tem provocado a invisibilidade da própria sexualidade feminina. Com isso, a mulher tornou-se alvo de duas formas principais de preconceito:

- o preconceito sexual: ao ser discriminada por sua orientação homossexual;

- o preconceito contra a mulher: também denominado machismo, em que se defende a superioridade do homem e se inferioriza a mulher em todos os aspectos, impedindo a existência de igualdade civil, social, no trabalho e nos direitos entre os gêneros.

Quando se trata do ambiente de trabalho bancário, o preconceito se acentua, e ocasiona a perseguição, o assédio moral e até mesmo a demissão dos homoafetivos, como no caso da bancária Márcia Líbano.

Em 2010, Márcia denunciou o Itaú por prática homofóbica, após ser demitida ao solicitar a inclusão de sua parceira no seu plano de saúde, assumindo assim, a sua homossexualidade.

Porém, a luta em busca da isonomia de tratamento vem avançando e provocando uma profunda reflexão acerca da igualdade de oportunidades entre heteros e homossexuais na vida, nos direitos, no trabalho e na sociedade.

Graças ao movimento LGBT, aliado aos movimentos sindicais e sociais, novos direitos e leis vem sendo conquistados, visando preservar a integridade humana desses cidadãos.

A categoria bancária já deu diversos passos decisivos para garantir essa equidade, ao incluir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCV) uma cláusula de isonomia de tratamento para casais homoafetivos. Além disso, participa, ao lado da CUT, da luta pela aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que criminaliza qualquer ato de discriminação ou preconceito relacionados ao gênero ou a orientação sexual.

Portanto, o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é uma oportunidade de enxergar essas mulheres como pessoas dignas de direitos, que querem formar famílias, construir patrimônios e relacionamentos saudáveis, com aceitação social da sua maneira de vislumbrar esses objetivos.

Orgulho LGBT

Também, em comemoração ao Dia Nacional do Orgulho LGBT, 28 de junho, a Contraf-CUT elaborou um folder com informações sobre os desafios à promoção da cidadania e dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Para acessá-lo, clique aqui, e tenha a oportunidade de entender mais sobre esse universo a fim de eliminar conceitos preestabelecidos erroneamente pela e sociedade.

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