No ano passado, a discussão envolveu os serviços de call center. "A proposta final apresentada pela Fenaban, sobre a internalização, contemplava apenas alguns serviços de determinadas áreas e em condições inferiores as já contratadas diretamente com certos bancos, o que inviabilizou qualquer acordo", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Como a proposta dos bancários era discutir cada processo de terceirização, os dirigentes sindicais deixaram para a Fenaban uma pergunta: qual outro setor é do interesse dos bancos discutir a contratação direta de trabalhadores? "A mesa temática será retomada a partir desta resposta dos bancos", destaca Miguel.

Para a Contraf-CUT, a pauta da mesa temática é muito importante, sobretudo diante dos novos rumos do sistema financeiro. "Estamos acompanhando um movimento inverso do discurso dos bancos de que a terceirização não é mais estratégica", analisa o dirigente sindical.

"Observamos hoje a redução do número de bancários e uma opção pela terceirização que, por um lado, reduz custos de pessoal, mas, por outro, gera uma série de problemas, como perda da qualidade dos serviços, reclamação de clientes, quebra de sigilo bancário e formação de enormes passivos trabalhistas, uma vez que, na prática, encontramos um processo de intermediação ilegal de mão de obra", enfatiza Miguel.

Fonte: Contraf-CUT