15/07/2013 - 17:15

Chantagem incessante dos bancos eleva SELIC

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Reprodução
Aumento da SELIC

Durante reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), realizada no dia 10, o Banco Central (BC) efetuou um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa SELIC, que passou para 8,5%.

A medida contraria os esforços de aquecimento econômico do governo e desfavorece a classe trabalhadora, que é obrigada a arcar com o custo decorrente da elevação dos preços dos produtos e serviços.

Esta é a terceira vez, consecutiva, que ocorre a elevação da taxa de juros, o que afeta diretamente o crescimento do PIB, cujo algumas empresas já estimam crescimento de apenas 2% para este ano. O BC mais uma vez optou por atalhos e deu ouvidos aos rentistas e especuladores do mercado financeiro, os únicos privilegiados com o aumento dos juros.

Apesar do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter anunciado um corte de custos próximo da casa dos R$15 bilhões que, segundo o ministro, não afetará nem os investimentos nem os programas sociais do governo, esse corte não foi suficiente para conter a elevação da SELIC.

Agora os brasileiros terão que enfrentar a contenção da oferta de crédito, a maior concentração da renda, o enfraquecimento da produção e do consumo e, ainda, a queda na geração de emprego, alvos e consequências certeiras dessa medida insensata do BC.

Proporcionalmente a elevação da SELIC, sobe a classificação do Brasil dentre os países que possuem os juros reais mais elevados do mundo, segundo o levantamento realizado pelo site MoneYou.

O juro real considera a taxa básica sem a inflação projetada para os próximos 12 meses,  o que conferiu ao país a 2ª posição no ranking, perdendo apenas para a China que tem um juro real de 2,9% contra 2,5% do Brasil. Essa é uma “conquista” para os banqueiros e um retrocesso aos ideais de distribuição de renda igualitária.

Assim, o Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região repudia o aumento da taxa SELIC e reivindica medidas objetivas para efetivar o compromisso firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o Movimento Sindical, em fevereiro desse ano, quando essa acatou a proposta da Contraf-CUT para a realização de uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro.

E da mesma forma como salientou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, também defendemos que “o Brasil não pode ficar refém da ganância dos rentistas e especuladores”.

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