A data surgiu em decorrência da exclusão da Homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990. Assim, esse dia ficou definido como marco simbólico para a realização de mobilizações em combate à homofobia.

Na última terça-feira (14), com a nova resolução nº 175 aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os cartórios de todo o país serão obrigados a celebrar casamentos de pessoas do mesmo sexo e converter as uniões homoafetivas em matrimônio. Esse foi um importante passo que a justiça aplicou, colocando em prática a igualdade de oportunidades entre homo e heterossexuais.

Violência

Um dos principais objetivos na realização de mobilizações em celebração ao dia 17 de maio, deve-se a oportunidade de provocar uma reflexão na sociedade e denunciar a violência cometida contra o movimento LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), cobrando políticas públicas e ações para defender essas minorias.

Segundo dados de um levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), 336 homossexuais foram assassinados no Brasil em 2012. Além disso, 44% dos homicídios envolvendo homossexuais no mundo ocorreram no Brasil.

Os dados preocupam e mostram a necessidade de medidas efetivas, quer sejam por leis e concessão de direitos, quer seja pela conscientização da população.

“Faz-se necessário  implementar ações afirmativas como forma de assegurar a isonomia de tratamento e acabar com a violência homofóbica”, declarou Magna Vinhal, secretária de Políticas Sociais da Fetraf-CUT/MG e diretora do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região.